BOM DIA, DANIEL WOLFF
Entrevista concedida por Daniel ao jornalista Márcio Pinheiro (ZH, Informe Especial)
O músico gaúcho e mestre do violão, atualmente morando em Berlim (sic), está fazendo por lá o projeto Musik im Krankenhaus (Música no Hospital). Quando ainda vivia em Porto Alegre, Wolff promovia concertos musicais para doentes no Hospital de Clínicas.
Informe Especial – A música pode curar doenças?
Wolff – Há vários estudos que dizem que sim. Mas isto pertence à outra área de pesquisa, a Musicoterapia. Eu não sou musicoterapeuta. Uso a música para ajudar os pacientes, pois os recitais melhoram o bem-estar deles.
IE – Como é a escolha do repertório?
Wolff – Priorizamos obras de curta duração, cuja assimilação é mais fácil por parte dos ouvintes.
IE – E como é a reação dos pacientes?
Wolff – É muito positiva. Ficam alegres, fazem perguntas, às vezes cantam junto. Aqui em Berlim, as enfermeiras comentaram que, durante as apresentações, elas recebem muito menos chamados dos pacientes.
Entrevista publicada no jornal Zero Hora em 11/08/08.
TERAPIA MUSICAL
Daniel Wolff, músico gaúcho e mestre do violão, está morando em Berlim.
Quando vivia em Porto Alegre, ele promovia concertos musicais para doentes no Hospital de Clínicas. Agora, no novo país, ele iniciou uma nova etapa do projeto Sarau no Hospital. O nome é Musik im Krankenhaus.
Nota publicada no jornal Zero Hora em 21/12/07.
O PODER MÁGICO DA MÚSICA
Projeto da UFRGS complementa recreação do Hospital de Clínicas
Os pequenos pacientes da Oncologia Pediátrica do HCPA ficam em absoluto silêncioe os olhos não saem das mãos e do violão do professor Daniel Wolff do Instituto de Artes da Universidade. As músicas que as crianças escutam fazem parte do projeto Sarau no HCPA e estão inseridas nas atividades lúdico-terapêuticas do Hospital.
Segundo Daniel Wolff, este trabalho tem dois objetivos básicos: melhorar a qualidade da estadia dos pacientes e incrementar o senso de responsabilidade social nos alunos do Curso de Música. Desde sua criação, em 2006, o projeto vem servindo de referência para outros hospitais fora do Rio Grande do Sul. “É o reconhecimento de uma atividade que suaviza o ambiente”, afirma Regina Alves Sikilero, chefe do Serviço de Recreação Terapêutica.
Mas, não apenas as crianças da Oncologia têm esta oportunidade, pois a música também chega até a recreação infantil e aos pacientes adultos. Toda a semana, por cerca de 20 minutos, Daniel, que coordena o projeto, vive um clima de muita paz e conhecimento, já que ele explica as origens da música que vai tocar e fala um pouco sobre o autor de cada uma delas.
Mais de mil pacientes já assistiram o Sarau no HCPA.
Matéria publicada no Jornal da Universidade, Ano IX N. 98, em maio de 2007.
BOM DIA, DANIEL WOLFF
Entrevista concedida por Daniel ao jornalista Luiz Zini Pires (ZH, Informe Especial)
Porto-alegrense, professor de música da UFRGS e criador do projeto Sarau no Hospital, que leva música aos pacientes do Hospital de Clínicas da Capital desde o ano passado. Ontem, ele visitou a pediatria e a oncologia pediátrica: Porto-alegrense, professor de música da UFRGS e criador do projeto Sarau no Hospital, que leva música aos pacientes do Hospital de Clínicas da Capital desde o ano passado. Ontem, ele visitou a pediatria e a oncologia pediátrica:
Informe Especial – Quantos pacientes já conheceram o seu projeto musical?
Wolff – Mais de mil pessoas. Eu vou, com o meu violão, seguido por alunos da faculdade. Quero que os meus alunos façam o mesmo em outros hospitais. O trabalho é filantrópico e merece ser passado adiante. Hospitais de outros Estados já mostraram interesse no projeto.
IE – O que os pacientes ouvem?
Wolff – De Beethoven a Tom Jobim. Usamos violão, violino, sax, contrabaixo e até um coral. Só piano que não, já que o Clínicas não tem um.
IE – Qual a reação deles?
Wolff – Boa, muito boa. Algumas crianças querem tocar nos instrumentos, saber o que tem dentro do violão, soprar no sax. É muito bonito, é gratificante, emocionante…
Entrevista publicada no jornal Zero Hora em 10/04/07.
MÚSICA ERUDITA ALEGRA PACIENTES NO CLÍNICAS
Saxofonistas e violonistas da UFRGS fazem recitais em hospital
Humberto Trezzi
As gestantes chegaram devagar, sorrisos tímidos e barrigas enormes despontando. Depois vieram enfermeiros, técnicos, médicos. Crianças recém-nascidas e outras já crescidas encorparam o cortejo de espectadores. Aos poucos, o nono andar do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foi contagiado pela música erudita do quarteto de saxofonistas.
Pacientes e funcionários bateram palmas e pediram bis aos músicos, que ontem percorreram os corredores do hospital, alegrando espíritos e colhendo simpatia.
A sintonia entre músicos e pacientes vivenciada ontem no Clínicas faz parte do projeto Sarau no Hospital, desenvolvido há dois meses por professores, alunos e ex-alunos do Departamento de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A cada semana, alguns músicos se apresentam na sala de recreação dos setores de pediatria e oncologia.
– A idéia é propiciar momentos lúdico-terápicos aos pacientes, um misto de lazer e terapia – resume o violonista Daniel Wolff, doutor em Música, professor da UFRGS e coordenador do projeto.
Os músicos nada recebem pelas apresentações, apenas a gratidão dos pacientes. Andréia Ouriques, 26 anos e com um bebê nascido esta semana, disse estar maravilhada com o espetáculo.
– Alivia a dor. Até dá vontade de mudar o gosto musical e passar a ouvir esses clássicos – descreveu.
Idéia é fazer apresentações com maior freqüência
Crianças doentes de colo, como Nicolas, um ano e um mês de vida, pularam alegres, batendo o pé no compasso da música. Outros espectadores, como Paloma Sommer, sete anos, deliciaram-se com a delicadeza do sax alto entoando Summertime, de George Gershwin, e ensaiaram até planos de se tornar músicos.
– Quando um paciente não consegue sair da cama, os músicos vão até ele – sintetiza a assistente social Regina Sikilero, chefe do serviço de recreação terapêutica do Clínicas, que em parceria com o Departamento de Música da UFRGS idealizou o Sarau no Hospital.
A sessão de ontem foi especial – para doentes de diversos setores, gestantes e crianças – numa antecipação do Dia das Mães. Além do quarteto de saxofonistas, um trio composto por violonistas e baterista animou pacientes do Centro Psico-Social, que realiza aconselhamentos e tratamentos psíquicos. A idéia é ampliar a periodicidade e o número de espectadores, que começou com 150 pessoas e cresce a cada apresentação.
Matéria publicado no jornal Zero Hora em 12/05/06.